Projeto Zero
19 a 20 janeiro'24
|
ACE Escola de Artes
|
Palácio do Bolhão
Quando se começa o processo do Projeto Zero, na nossa escola, não se sabe muito bem o que teremos pela frente. Não sabe quem ensina, porque apesar de terem passado quase três meses na companhia destas alunas e alunos, ainda não foi possível perceber como reage cada uma e cada um às matérias relacionadas com a construção de um espetáculo, ao tempo de ensaios, aos processos de insistência e revisão, ao erro, à frustração e à superação. E não sabe quem está a aprender, porque em janeiro do 1º ano, estas pessoas são só vontade, expectativa e sonho. Nos primeiros dias, apesar de já terem ouvido falar dos processos de construção teatral, tudo parece novo. E é! São termos novos, palavras novas, processos diferentes que cada equipa empreende e que convergem para o mesmo objetivo. São muitas coisas que não se agarram imediatamente, muitas coisas que não se compreendem logo, muitas coisas que demoram a conseguir-se. É preciso tempo. É preciso insistir. É preciso permanecer. É preciso saber que as coisas só dão de si depois de muito trabalho. Então, porquê fazer uma primeira aventura no palco poucos meses depois de terem chegado à escola? Porque é só depois dessa primeira experiência que as coisas ganham nome, que o grupo ganha força, que cada uma e cada um se vê perante o trabalho que tem pela frente. Um trabalho que é muito, mas que não se quer fazer todo de uma vez. Por isso, no Projeto Zero, começa-se. Dão-se os primeiros passos. Fazem-se as tarefas mais simples. Para que cada fase do processo se encaixe no seu devido lugar, pouco a pouco, até que cada uma e cada um sejam autónomas/os no exercício das suas funções. Este ano, voltámos a pegar no nosso glossário de teatro, que está em construção, para dele fazermos um projeto que comunique com quem aprende mas que também fale destas matérias a quem, porventura, venha assistir. São muitas palavras, muitas definições, muitas formas de fazer, muitas formas de pensar, muitas as atividades de quem trabalha no teatro. Não usámos todas – não é possível falar de tudo em tão pouco tempo – usámos algumas para compormos um olhar sobre o que se faz e como se faz. E ousámos sonhar. Permitimo-nos um pesadelo. E se tudo fosse um sonho? Um sonho com muitas peripécias, com acidentes e descobertas. Um sonho longo, um sonho nem sempre bonito, mas um sonho. Desses de que se acorda cansado, mas com a sensação de se ter vivido muito intensamente.
António Júlio
direção artística ANTÓNIO JÚLIO
Curso de Cenografia, Figurinos e Adereços ANA CRISTINA, BEATRIZ MELO, BENEDITA MARMELO, CLÁUDIA ALEXANDRA, CLOÉ PLACZEK, GABRIELA NÁPOLES, HUGO MARQUES, INÊS FERREIRA,
LUCAS SILVA, MARIA CLARA SAMPAIO, SORAYA FREIRE, VANESSA MARTINS, LUNA FRAGUA e FÁBIO RODRIGUES Curso de Luz e Som AFONSO BARROTE, BEATRIZ FONTE, FRANCISCO CARVALHO, GABRIELA DIALLO, INÊS CASTRO, NATHALY SILVA, RITA MONTES PIRES e INÊS OLIVEIRA Curso de Intérprete Ator/Atriz BEATRIZ MENDES, CAROLINA LOPES, CATARINA SILVA,
DIOGO MORGADO, FILIPA SANTOS, ÉRICA PEREIRA, INÊS SOUSA, INÊS FIGUEIREDO, LARA GASPAR, LEONOR ALVES, MARIA LIMA, MARIA SILVA, MARIANA NEVES, MARIANA GINJA, MARIANA GASPAR, RAQUEL DA VOLTA, RAQUEL MOREIRA, RAÚL SILVA, RITA OLIVEIRA, RITA ALELUIA, SARA PACHECO, SARAH MELO, TELMA LEITE e TIAGO RIBEIRO
Direção de Cenografia, Figurinos e Adereços ANA ISABEL Direção de Luz e Som PEDRO VIEIRA de CARVALHO Apoio a Som JOÃO MARTINS Apoio Técnico JOÃO BRITO, TOMÉ LOPES, JOÃO FELIX Fotografia PEDRO FIGUEIREDO Produção Executiva ROSA BESSA Direção de Produção GLÓRIA CHEIO Direção Técnica PEDRO VIEIRA de CARVALHO Direção de Cena JESSICA DUNCALF