MULTIVERSO — Mostra de Artes Performativas
12 a 28 novembro'25
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Teatro do Bolhão
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Palácio do Bolhão
Existe tudo. Tudo é possível. Não há linhas rígidas. São fluxos. Materiais em transformação. Regras conhecidas e regras por descobrir. Não há tempos. Não há passado, nem presente, nem futuro. Só existe a experiência. O que fica é um eco.
Procuramos hipóteses. Procuramos erros. Procuramos propostas. Procuramos saídas, entradas, ruturas, consolidações, formas, pessoas. O Multiverso é o lugar das possibilidades.
Nesta mostra queremos abrir as portas a toda a experimentação dos possíveis dentro do multiverso performativo. Temos um espaço aberto para o erro e para a errância. Achamos que faz sentido esse lugar. Acreditamos que a arte é o resultado, mas também o caminho; que a arte é a problematização do resultado, mas também a problematização do caminho. Que a arte é uma experiência. Que não se rege por princípios exclusivos de funcionalidade.
Queremos abrir o nosso espaço a todas as propostas. Com limitação de recursos, claro, não há recursos infinitos. Propostas que se abrem a novas leituras com o espaço e que abrem novas leituras sobre o próprio espaço. Vale tudo, da poesia ao vídeo, do teatro à dança, da performance à instalação, tudo. Procuramos as barreiras diluídas. Apresentações intimistas ou não. Com ou sem meios técnicos. Nas escadas, nas salas, nos auditórios, nas varandas, no pátio. Queremos transformar o Palácio do Bolhão num organismo vivo, num espaço de ação e de pensamento, absolutamente aberto.
Tudo é possível.
IMAGEM-MOVIMENTO
12 novembro – Auditório do Palácio do Bolhão – Entrada Gratuita (mediante a lotação do espaço)
15h – Ilusão, de Sofia Marques, seguido de conversa com a realizadora, mediada por Pedro Fiuza.
Duração do filme: 115 min.
Conversa: 30 min.
M12
Sinopse
Luis Miguel Cintra, ator, encenador e diretor da companhia Teatro da Cornucópia, encenou, no início de 2014, o espetáculo ‘Ilusão’, a partir de textos de Federico García Lorca. No entanto, o 119º espetáculo da companhia foi muito distinto dos anteriores, pois do seu elenco fizeram parte 59 não atores, amadores e estudantes de teatro.
Respondendo ao desafio lançado por Luis Miguel Cintra, a atriz e realizadora Sofia Marques acompanhou e registou o processo de criação e construção do espetáculo, desde as primeiras entrevistas com os candidatos, a seleção do elenco, as várias fases dos ensaios, passando pela estreia da peça e terminando no dia 9 de março com a última representação.
O filme “Ilusão” documenta esta singular experiência, para além de dar a conhecer a forma como Luis Miguel Cintra acolhe, recebe e dirige os seus novos cúmplices para construir e dar vida à ‘Ilusão’ de Lorca, numa proposta de espetáculo que, por força dos seus moldes inéditos, constituiu um marco na carreira da companhia que conta já com 40 anos de existência.
Mais do que ilusão enquanto engano dos sentidos ou utopia desfocada, a ilusão que percorre este filme prende-se com o sonho, o desejo, a vontade, a fantasia e as suas possibilidades de concretização. No território de todos os possíveis, esta ilusão recobra sentido, transfigura e materializa-se.
13 de novembro – Auditório do Palácio do Bolhão – Entrada Gratuita (mediante a lotação do espaço)
14h30 – Tabacaria, de São José Correia, a partir do texto Tabacaria, de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, seguido de conversa com a realizadora, mediada por Pedro Fiuza.
Duração da curta-metragem: 15min.
Conversa: 15 min.
M12
15h – 8816 versos, de Sofia Marques, seguido de conversa com a realizadora e António Fonseca, mediada por Pedro Fiuza.
Duração do filme: 78 min.
Conversa: 30 min.
M12
Sinopse
É dito que Camões terá demorado vinte anos a escrever os 8816 versos que compõem Os Lusíadas. António Fonseca dedicou quatro anos da sua vida a torná-los seus. O ator resolveu abraçar um projeto inusitado: decorar integralmente Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões. Desde 2008 que trabalha nesse projeto de exaustiva memorização e tudo culminou numa apresentação pública integral da obra no dia 10 de Junho de 2012, na Guimarães Capital Europeia da Cultura – apresentação essa que demorou 14 horas. Este documentário, da realizadora e também atriz Sofia Marques, acompanha o ano que antecede essa apresentação final.
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ONDAS SONORAS
27 de Novembro – Auditório do Palácio do Bolhão
21h30 – Wolf Manhattan
Wolf Manhattan é o alter ego musical de João Vieira, conhecido por projetos como X-Wife, White Haus e DJ Kitten. Com uma abordagem estética e sonora singular, o projeto mergulha no universo do lo-fi garage rock, evocando referências sonoras dos anos 60 e 70, mas com uma abordagem contemporânea e irreverente. Wolf Manhattan regressou o ano passado com o novo álbum Real Life Is Overrated, um trabalho que reforça a sua identidade artística através de letras introspetivas e melodias cativantes. Este segundo álbum explora temas como alienação, nostalgia, ansiedade social e a desconstrução da rotina moderna, oferecendo uma experiência sonora imersiva e visualmente marcante. As apresentações de Wolf Manhattan não se limitam a um concerto tradicional. O projeto combina música, narrativa e elementos visuais, criando uma experiência envolvente e performática. A sonoridade lo-fi, associada a uma forte componente estética e performativa, proporciona ao público uma conexão emocional e sensorial. Num contexto cultural cada vez mais digital e fragmentado, Wolf Manhattan propõe um espetáculo que resgata a essência analógica da música ao vivo, aproximando o público de uma experiência intimista e genuína.
Bilheteira
10€
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BOLSA DE CRIAÇÃO
28 de novembro – Auditório do Palácio do Bolhão
21h – Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades?, pelo projeto Terceiro Ato
Uma biografia do homem que se cruza com a obra do poeta. Uma personagem que tem tanto de incerta quanto de complexa. Neste espetáculo vamos tentar perceber como o contexto histórico, as influências literárias e a própria vida, interferiram e definiram a escrita daquele que viria a ser o grande escritor da língua portuguesa. Um espetáculo descomplexado sobre as várias zonas da escrita de Camões, em que aparecem as personagens e os episódios mais marcantes da sua vida e obra.
Bilheteira
5€ público em geral
3€ estudantes da área artística
M12
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